segunda-feira, 5 de abril de 2010

Semana começa quente depois da pesquisa Vox

DATAFOLHA FORÇOU A BARRA

Realmente a nova pesquisa Vox confirmou a manipulação do DataFolha. Não houve sequer um acontecimento político que pudesse mudar tão rapidamente, naquele período, a tendência de definição do eleitorado sobre suas preferências para a eleição de outubro.

O DataFolha, ao inverter a tendência pró crescimento de Serra e recuo de Dilma, fez um trabalho que macula o Instituto. Jogou à serviço de criar um clima mais positivo na desincompatibilização de Serra, tentando animar os tucanos e segurar alguma aliança a mais para a tríade PSDB/DEM/PPS, que governou antes de Lula.

O que realmente há, nesse momento, ainda distante da eleição, é a consolidação em crescimento da candidatura da Ex-Ministra Dilma Roussef. Com o anúncio da candidatura pelo PT em fevereiro num grande Congresso, o apoio já declarado do PDT e do PMDB, e esta semana do apoio do PR e do PCdoB, e mais à frente dos demais partidos que a apoiarão, Dilma vai se consolidando. Depois, na montagem dos palanques estaduais, mais um empurrãozinho.

Quais fatos ocorreram que poderiam fazer Serra crescer e Dilma diminuir na intenção de votos? Nada, a não ser a festa da desincompatibilização de Serra. O anúncio de apoio de Roberto Jeferson e a tentativa com Roriz? Os artigos de FHC? Realmente o mar não tá prá peixe nas orlas dos tucanos!

Mas isso ainda não quer dizer vitória de ninguém. Antes da Copa do Mundo os candidatos vão ter que trabalhar muito, pois só haverá Copa do Mundo. Depois de 17 de agosto é que a cobra vai fumar!

DESPUDOR DA "grande" MÍDIA

O furor da direita e o despudor da maioria dos jornais, rádios e televisões do país devem colocar em alerta os movimentos sociais e a cidadania brasileira, pois eles não queimam a cara para manipular fatos, inventar e requentar escândalos, manipular pesquisas e fazer oposição ao governo Lula. Vejam a declaração recente da presidente da Associação Nacional dos Jornais Maria Judith Brito em artigo de Jorge Furtado em 01 de abril de 2010: "Quem estava prestando atenção já percebeu faz tempo: a antiga imprensa brasileira virou um partido político, incorporando as sessões paulistas do PSDB (Serra) e do PMDB (Quércia), e o DEM (ex-PFL, ex-Arena).


A boa novidade é que finalmente eles admitiram ser o que são, através das palavras sinceras de Maria Judith Brito, presidente da Associação Nacional dos Jornais e executiva do jornal Folha de S. Paulo, em declaração ao jornal O Globo:

“Obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada.”

A presidente da Associação Nacional dos Jornais constata, como ela mesma assinala, o óbvio: seus associados “estão fazendo de fato a posição oposicionista (sic) deste país”. Por que agem assim? Porque “a oposição está profundamente fragilizada”.


A presidente da associação/partido não esclarece porque a oposição “deste país” estaria “profundamente fragilizada”, apesar de ter, como ela mesma reconhece, o irrestrito apoio dos seus associados (os jornais).

A presidente da associação/partido não questiona a moralidade de seus filiados assumirem a “posição oposicionista deste país” enquanto, aos seus leitores, alegam praticar jornalismo. Também não questiona o fato de serem a oposição ao governo “deste país” mas não aos governos do seu estado (São Paulo).


Propriedades privadas, gozando de muitas isenções de impostos para que possam melhor prestar um serviço público fundamental, o de informar a sociedade com a liberdade e o equilíbrio que o bom jornalismo exige, os jornais proclamam-se um partido, isto é, uma “organização social que se fundamenta numa concepção política ou em interesses políticos e sociais comuns e que se propõe alcançar o poder”.



O partido da imprensa se propõe a alcançar o poder com o seu candidato, José Serra. Trata-se, na verdade, de uma retomada: Serra, FHC e seu partido, a imprensa, estiveram no poder por oito anos. Deixaram o governo com desemprego, juros, dívida pública, inflação e carga tributária em alta, crescimento econômico pífio e índices muito baixos de aprovação popular. No governo do partido da imprensa, a criminosa desigualdade social brasileira permaneceu inalterada e os índices de criminalidade (homicídios) tiveram forte crescimento.

O partido da imprensa assumiu a “posição oposicionista” a um governo que hoje conta com enorme aprovação popular. A comparação de desempenho entre os governos do Partido dos Trabalhadores (Lula, Dilma) e do partido da imprensa (FHC, Serra), é extraordinariamente favorável ao primeiro: não há um único índice social ou econômico em que o governo Lula (Dilma) não seja muito superior ao governo FHC (Serra), a lista desta comparação chega a ser enfadonha.

Serra é, portanto, o candidato do partido da imprensa, que reúne os interesses da direita brasileira e faz oposição ao governo Lula. Dilma é a candidata da situação, da esquerda, representando vários partidos, defendendo a continuidade do governo Lula.

Agora que tudo ficou bem claro, você pode continuar (ou não) lendo seu jornal, sabendo que ele trabalha explicitamente a favor de uma candidatura e de um partido que, como todo partido, almeja o poder."  FONTE-BLOG DO GLEBER NAIME

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