segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

JPMDB e a luta pela Equidade de Gêneros


Nós mulheres tivemos avanços significativos nas últimas décadas. Conquistamos o direito ao voto, a cota de representação de mulheres, com a reserva de vagas nas eleições proporcionais. Até chegarmos à mini-reforma política de 2009, onde os partidos políticos devem ocupar as vagas e não reservar. Destinar 5% do fundo partidário para que se invista efetivamente em formação e atividades para fortalecer a presença das mulheres nos pleitos eleitorais e na ocupação de cargos de poder. Estes avanços, no entanto, são apenas uma pequena parte de uma grande luta que ainda temos pela frente, e que depende fundamentalmente do engajamento de todas nós, ocupando espaços nos partidos, governos, e principalmente, na sociedade.
 A cota de 30% de mulheres nas chapas proporcionais foi uma conquista importante, mas de nada vai valer se não nos engajarmos na militância, trazendo outras mulheres para a construção de uma política de igualdade de gêneros. Na Câmara dos Deputados, por exemplo, temos atualmente 47 mulheres e 466 homens. Ou seja, somos 51% da população segundo o último Censo, com apenas 9% de representação na maior casa de leis do país. É uma situação que precisa ser radicalmente transformada, o que só vai acontecer quando todas nós estivermos conscientes da importância da participação feminina na discussão de construção de uma nova política.
 O PMDB tem desenvolvido um trabalho espetacular, que nos enche de esperança quanto ao futuro, com o núcleo de mulheres e também o núcleo de juventude, onde a participação das jovens cresce positivamente.  O trabalho do PMDB Mulher e da JPMDB precisa estar cada vez mais integrado, para que possamos ter cada vez mais força na formulação de políticas públicas de gênero e atrair cada vez mais militantes jovens para ocupar os espaços da política, predominantemente masculinos.
 Por isso faço uma provocação, um convite às Jovens mulheres brasileiras, que já são militantes e às que ainda não atuam na política, para que possamos ampliar cada vez mais nossa força. Todas precisamos entender que questões como o combate à violência doméstica,  o preconceito e  igualdade de fato no mercado de trabalho são questões políticas que precisam das mulheres atuando na linha de frente.
A atuação da Juventude do PMDB tem se atentado muito a isso, e a realidade da jovem mulher brasileira tem sido amplamente discutida pela militância. No 2º congresso Nacional da JPMDB, realizado no Rio de Janeiro do último ano, tiramos a resolução da nossa militância sobre a pauta de jovens Mulheres. Seguem nossas propostas :

1.                   A efetiva aplicação das leis, campanhas massivas de prevenção e esclarecimento das DSTs, HIV, Câncer e Gravidez Precoce.
2.                  Num país onde a violência contra a mulher ainda habita nosso cotidiano, precisamos cumprir e fazer cumprir a Lei Maria da Penha.
3.                  Campanhas educativas e elucidativas de prevenção e enfrentamento contra a violência e tráfico de jovens mulheres com recorte etário e étnico são extremamente importantes neste momento brasileiro.
4.                  É necessário avançar no combate a evasão escolar de jovens mães com a construção de políticas públicas que assegurem a continuação do ensino com creches nas escolas de ensino médio e universidades em estados e municípios com gestão do PMDB ou partidos aliados.
5.                  Precisamos garantir a publicização de leis que amparam jovens mulheres sobre igualdade de direitos entre homens e mulheres no mercado de trabalho, com condições de emprego e renda.
6.                  Defendemos a paridade de participação de jovens mulheres nas direções municipais, estaduais e nacional da JPMDB e Partidária.
7.                  Defendemos 30% de participação de jovens mulheres nas executivas municipais, estaduais e nacional do PMDB Mulher.
8.                  8 .Cumprir e fazer cumprir a lei da mini-reforma eleitoral que institui os 5% do fundo partidário para o PMDB Mulher, 10% da participação de mulheres na propaganda institucional partidaria e 30% das nominatas com candidaturas de mulheres e jovens mulheres.

Quanto mais participarmos das decisões e nos colocarmos à frente dos processos políticos, mais mulheres perderão o receio e quebrarão os tabus e o medo do preconceito, colocando-se como sujeitas de sua própria história. Quanto mais mulheres estiverem lutando por seus direitos, mais perto estaremos de conquistar nossos sonhos, vencer a violência e construir um país mais justo para todas e todos. 
Vamos à luta!

Jéssica Ohana
Coordenadora de Comunicação da JPMDB Nacional
Diretora da União Nacional de Estudantes

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