Nós mulheres tivemos avanços significativos nas
últimas décadas. Conquistamos o direito ao voto, a cota de representação
de mulheres, com a reserva de vagas nas eleições proporcionais. Até chegarmos à
mini-reforma política de 2009, onde os partidos políticos devem ocupar as vagas
e não reservar. Destinar 5% do fundo partidário para que se invista
efetivamente em formação e atividades para fortalecer a presença das mulheres
nos pleitos eleitorais e na ocupação de cargos de poder. Estes avanços, no
entanto, são apenas uma pequena parte de uma grande luta que ainda temos pela
frente, e que depende fundamentalmente do engajamento de todas nós, ocupando
espaços nos partidos, governos, e principalmente, na sociedade.
A cota de 30% de mulheres nas chapas proporcionais
foi uma conquista importante, mas de nada vai valer se não nos engajarmos na
militância, trazendo outras mulheres para a construção de uma política de
igualdade de gêneros. Na Câmara dos Deputados, por exemplo, temos atualmente 47
mulheres e 466 homens. Ou seja, somos 51% da população segundo o último Censo,
com apenas 9% de representação na maior casa de leis do país. É uma situação
que precisa ser radicalmente transformada, o que só vai acontecer quando todas
nós estivermos conscientes da importância da participação feminina na discussão
de construção de uma nova política.
O PMDB tem desenvolvido um trabalho
espetacular, que nos enche de esperança quanto ao futuro, com o núcleo de
mulheres e também o núcleo de juventude, onde a participação das jovens cresce
positivamente. O trabalho do PMDB Mulher e da JPMDB precisa estar cada
vez mais integrado, para que possamos ter cada vez mais força na formulação de
políticas públicas de gênero e atrair cada vez mais militantes jovens para
ocupar os espaços da política, predominantemente masculinos.
Por isso faço uma provocação, um convite às
Jovens mulheres brasileiras, que já são militantes e às que ainda não atuam na
política, para que possamos ampliar cada vez mais nossa força. Todas precisamos
entender que questões como o combate à violência doméstica, o preconceito
e igualdade de fato no mercado de trabalho são questões políticas que
precisam das mulheres atuando na linha de frente.
A atuação da Juventude do PMDB tem se atentado
muito a isso, e a realidade da jovem mulher brasileira tem sido amplamente
discutida pela militância. No 2º congresso Nacional da JPMDB, realizado no Rio
de Janeiro do último ano, tiramos a resolução da nossa militância sobre a pauta
de jovens Mulheres. Seguem nossas propostas :
1.
A
efetiva aplicação das leis, campanhas massivas de prevenção e esclarecimento
das DSTs, HIV, Câncer e Gravidez Precoce.
2.
Num país
onde a violência contra a mulher ainda habita nosso cotidiano, precisamos
cumprir e fazer cumprir a Lei Maria da Penha.
3.
Campanhas
educativas e elucidativas de prevenção e enfrentamento contra a violência e
tráfico de jovens mulheres com recorte etário e étnico são extremamente
importantes neste momento brasileiro.
4.
É
necessário avançar no combate a evasão escolar de jovens mães com a construção
de políticas públicas que assegurem a continuação do ensino com creches nas
escolas de ensino médio e universidades em estados e municípios com gestão do
PMDB ou partidos aliados.
5.
Precisamos
garantir a publicização de leis que amparam jovens mulheres sobre igualdade de
direitos entre homens e mulheres no mercado de trabalho, com condições de
emprego e renda.
6.
Defendemos
a paridade de participação de jovens mulheres nas direções municipais,
estaduais e nacional da JPMDB e Partidária.
7.
Defendemos
30% de participação de jovens mulheres nas executivas municipais, estaduais e
nacional do PMDB Mulher.
8.
8
.Cumprir e fazer cumprir a lei da mini-reforma eleitoral que institui os 5% do
fundo partidário para o PMDB Mulher, 10% da participação de mulheres na
propaganda institucional partidaria e 30% das nominatas com candidaturas de
mulheres e jovens mulheres.
Quanto mais participarmos das decisões e nos
colocarmos à frente dos processos políticos, mais mulheres perderão o receio e
quebrarão os tabus e o medo do preconceito, colocando-se como sujeitas de sua
própria história. Quanto mais mulheres estiverem lutando por seus direitos,
mais perto estaremos de conquistar nossos sonhos, vencer a violência e
construir um país mais justo para todas e todos.
Vamos à luta!
Jéssica
Ohana
Coordenadora
de Comunicação da JPMDB Nacional
Diretora
da União Nacional de Estudantes
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