terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Distorções no ensino superior: Inverter a desigualdade

As universidades públicas brasileiras apresentam, em média, produção científica modesta e um dos mais elevados custos por aluno do mundo. Cada estudante custa à União US$ 13.000 por ano. Em relação ao PIB per capita do País, esse valor é o triplo do custo por estudante nos países da OCDE.   O governo brasileiro gasta, por aluno de nível superior, quase sete vezes o que gasta por aluno do ensino fundamental.   Em praticamente todos os países do mundo, os gastos do governo por aluno no nível fundamental são substancialmente maiores do que no ensino superior.    É urgente trazer para o debate nacional propostas que possibilitem inverter esta equação, de forma que o Brasil possa investir recursos mais amplos nos ciclos básicos de ensino.    Ter acesso à educação superior, há algum tempo, era considerado privilégio, mas a partir do governo Lula, foi democratizado, garantindo a todos a oportunidade de ingressar em uma universidade. Por isso os investimentos devem seguir dois eixos, primeiro, o forte investimento em educação básica, garantindo assim a plataforma educacional do estudante, diminuindo a margem de diferença e a concorrência ao acesso a universidade e formando o aluno como cidadão e com base para o desenvolvimento Intelectual para as próximas etapas de sua vida acadêmica e segundo a ampliação ao acesso, permanência do estudante na universidade, investimentos estruturais na instituições, valorização salarial do corpo docente e grande investimento nos eixos de universidade graduação, pesquisa e extensão, garantindo assim uma educação forte, e um estudante preparado desde o começo de sua vida acadêmica, seguindo a lógica proposta de inversão da desigualdade.   Quem atinge grau de instrução, melhora as condições de vida e reduz a taxa de mortalidade, entre outros benefícios, principalmente em um país em que apenas 45% dos jovens completam o ensino médio.    Trata-se, na realidade, de estender e universalizar as oportunidades, para que os mais pobres possam, pela via da educação, reduzir a desigualdade de renda existente no País.   Diante desse diagnóstico, o PMDB propõe uma ampla discussão nacional. O pressuposto desse debate não apenas se detém na perversa situação atual da educação no Brasil.   É necessário partir da realidade de que, ao não assegurar oportunidades educacionais para todos e acima de tudo investimentos em educação, o País não manterá a base de avanços iniciados pelo governo Lula, que deve ser ampliado no governo da presidenta Dilma.   Ao nosso entendimento, o que garantirá avanços é a margem aprovada pela câmara dos Deputados de 10% do PIB de investimentos em educação, compreendido no Plano Nacional de Educação, que lutaremos para ser mantido pelo Senado, colocando assim a educação na agenda estratégia de investimentos do governo para o desenvolvimento do país.   Por isso a luta se avança cotidianamente na busca de investimentos amplos em educação, desenvolvimento pessoal, sobretudo a educação de qualidade. Não existe saída estrutural da pobreza sem igualdade de oportunidades e investimento em educação.    #EducacaoLiberta   

Bruno Júlio Coordenador Nacional MDB Estudantil e Diretor Executivo de universidades pagas da União Nacional dos estudantes

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