As universidades públicas brasileiras apresentam, em média, produção
científica modesta e um dos mais elevados custos por aluno do mundo.
Cada estudante custa à União US$ 13.000 por ano.
Em relação ao PIB per capita do País, esse valor é o triplo do custo por
estudante nos países da OCDE.
O governo brasileiro gasta, por aluno de nível superior, quase sete
vezes o que gasta por aluno do ensino fundamental.
Em praticamente todos os países do mundo, os gastos do governo por aluno
no nível fundamental são substancialmente maiores do que no ensino
superior.
É urgente trazer para o debate nacional propostas que possibilitem
inverter esta equação, de forma que o Brasil possa investir recursos
mais amplos nos ciclos básicos de ensino.
Ter acesso à educação superior, há algum tempo, era considerado
privilégio, mas a partir do governo Lula, foi democratizado, garantindo a
todos a oportunidade de ingressar em uma universidade. Por isso os
investimentos devem seguir dois eixos, primeiro, o forte investimento em
educação básica, garantindo assim a plataforma educacional do
estudante, diminuindo a margem de diferença e a concorrência ao acesso a
universidade e formando o aluno como cidadão e com base para o
desenvolvimento Intelectual para as próximas etapas de sua vida
acadêmica e segundo a ampliação ao acesso, permanência do estudante na
universidade, investimentos estruturais na instituições, valorização
salarial do corpo docente e grande investimento nos eixos de
universidade graduação, pesquisa e extensão, garantindo assim uma
educação forte, e um estudante preparado desde o começo de sua vida
acadêmica, seguindo a lógica proposta de inversão da desigualdade.
Quem atinge grau de instrução, melhora as condições de vida e reduz a
taxa de mortalidade, entre outros benefícios, principalmente em um país
em que apenas 45% dos jovens completam o ensino médio.
Trata-se, na realidade, de estender e universalizar as oportunidades,
para que os mais pobres possam, pela via da educação, reduzir a
desigualdade de renda existente no País.
Diante desse diagnóstico, o PMDB propõe uma ampla discussão nacional. O
pressuposto desse debate não apenas se detém na perversa situação atual
da educação no Brasil.
É necessário partir da realidade de que, ao não assegurar oportunidades
educacionais para todos e acima de tudo investimentos em educação, o
País não manterá a base de avanços iniciados pelo governo Lula, que deve
ser ampliado no governo da presidenta Dilma.
Ao nosso entendimento, o que garantirá avanços é a margem aprovada pela
câmara dos Deputados de 10% do PIB de investimentos em educação,
compreendido no Plano Nacional de Educação, que lutaremos para ser
mantido pelo Senado, colocando assim a educação na agenda estratégia de
investimentos do governo para o desenvolvimento do país.
Por isso a luta se avança cotidianamente na busca de investimentos
amplos em educação, desenvolvimento pessoal, sobretudo a educação de
qualidade. Não existe saída estrutural da pobreza sem igualdade de
oportunidades e investimento em educação.
#EducacaoLiberta
Bruno Júlio
Coordenador Nacional MDB Estudantil e Diretor Executivo de universidades
pagas da União Nacional dos estudantes
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