Fazendas deram origem ao Barreiro
A história do Barreiro começou bem antes da formação da capital. Data de 1855 a primeira menção ao nome Barreiro, em um registro de demarcação de terras que declarava a Fazenda do Barreiro de propriedade do Coronel Damazo da Costa Pacheco.
A fazenda, que também pertenceu à família Brochado, foi comprada pelo governo na época da construção de Belo Horizonte, por iniciativa de Aarão Reis. As águas dos córregos Capão das Posses, Clemente e Antônio Francisco seriam utilizadas para garantir o abastecimento da população da nova capital do estado.
As terras da fazenda, abundantes e férteis, também foram aproveitadas para a agricultura e, por isso, foi implantada em 1896 a Colônia Vargem Grande. Entre os agricultores que vieram para a região, destaca-se o grande número de imigrantes europeus, a maioria italianos e portugueses.
Palácio dos Governadores
As terras da Fazenda Barreiro, constantemente visitadas pelos
políticos que passavam finais de semana com familiares,
aproveitando o ar puro e a tranqüilidade do campo, começaram
a despertar o interesse do governo para a construção de um
casarão que proporcionasse maior conforto aos visitantes.
Já no governo do Presidente do Estado Júlio Bueno Brandão
(1910-1914), o casarão foi projetado com planta arrojada, tendo
aspecto de um palácio. Foi somente na presidência de Artur
Bernardes (1918-1922), aproximadamente 1919, que a obra
foi concluída. Sua construção contou com o apoio das famílias
dos colonos da região, tanto na mão-de-obra, quanto em materiais. Muitas peças foram importadas.
O casarão, denominado mais tarde “Palácio dos Governadores”, tinha realmente linhas arrojadas para a época. A participação dos governadores na construção do palácio foi total. Júlio Bueno Brandão mandou projetar, Artur Bernardes o construiu e arborizou, Raul Soares mandou ajardinar e Antônio Carlos providenciou esculturas. O local também era escolhido para reuniões por ser afastado e tranqüilo, evitando-se a presença de pessoas estranhas aos assuntos tratados. Várias personalidades de Minas e do país visitaram o Palácio do Barreiro.
A Residência Oficial teve fases de abandono e serviu a várias finalidades. No governo Milton Campos (1947-1951), foi transformado em hospital. O Centro de Recepção e Triagem da Febem também funcionou em sua área, localizada na Av. Menelick de Carvalho, esquina com Av. Ximango, bairro Miramar
De Cidade Satélite a Distrito
Como parte do projeto do prefeito Otacílio Negrão de Lima, de dividir Belo Horizonte em cidades satélites, o Barreiro, a partir de 1948, já contava com uma administração separada com escritório regional.
A região foi a primeira cidade satélite, sendo administrada pelo engenheiro João Gusmão Júnior. Nesta época foi projetada a construção de 200 casas de ferroviários e urbanização do bairro, que até então só tinha a Estação Olaria, da família Gatti, com uma pequena população.
Em 1952, o engenheiro Hélio Carnevalli assumiu a administração com a tarefa de urbanizar a região. Durante quinze anos, Carnevalli acompanhou as obras.
Em 1953, na sede da fazenda do Pião, foi instalada a administração da então Companhia Siderúrgica Mannesmann, atualmente denominada Vallourec e Mannesmann Tubbes. O casarão da sede ainda se mantém preservado dentro da área da empresa.
Em 1997, a Lei de n.º Lei 7412, sancionada pelo prefeito Patrus Ananias, criou o Distrito da Região do Barreiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário