Cerca de 5 mil jovens trabalhadores rurais participaram de uma caminhada na Esplanada dos Ministérios para reivindicar políticas públicas para o campo. A manifestação de hoje (28) foi formada pelos jovens que participam do 2º Festival Nacional da Juventude Rural, promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).
De acordo com a secretária de Jovens Trabalhadores Rurais da Contag, Maria Elenice Anastácio, faltam políticas, principalmente em educação, e isso dificulta a sucessão rural que, segundo ela, é o direito da juventude permanecer no campo, com garantia de acesso à terra, sustentabilidade ambiental e condições de trabalho.
“A sucessão rural é muito importante para o país. Precisamos ter condições de permanecer no campo, porque o jovem vai para a cidade em busca daquilo que ele não encontrou na sua terra”, disse.
Durante a passeata, os manifestantes pararam em frente ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e reivindicaram o fortalecimento da agricultura familiar e a reforma agrária. Os jovens ainda fizeram outras duas paradas, uma no Ministério do Trabalho e outra no Ministério da Educação.
A educação foi uma das questões mais exploradas durante a manifestação. De acordo com a Contag, o anafalbetismo atinge 40% dos trabalhadores rurais do país entre 16 e 32 anos. A estudante e trabalhadora rural, Lázara Antunes, afirmou que estudar no campo é complicado.
“Queremos garantir nosso direito de ter uma educação de qualidade, porque no campo é difícil estudar. Queremos uma vida mais digna”, afirmou Lázara, que veio de Rio do Prado, em Minas Gerais, para participar do festival.
O 2º Festival Nacional da Juventude Rural teve início na terça (27) e prossegue até sexta-feira (30). Cerca de 5 mil jovens trabalhadores rurais participam do evento.
Agência Brasil
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