segunda-feira, 5 de julho de 2010

A farsa do governo Aécio Neves/Anastasia, Muita propaganda e nada de políticas sociais

Modelo implantado pelo governo Aécio/ANASTASIA em MG prioriza o ajuste fiscal, às custas do abandono dos serviços públicos e do corte de investimentos sociais


Desde seu primeiro mandato, Aécio Neves, ex-governador de Minas Gerais e ANASTASIA o atual, vem realizando uma intensa campanha de marketing, com anúncios na mídia nacional de que teria controlado as finanças de Minas Gerais e gerado superávit de R$ 221 milhões nas contas. Porém, de acordo com dados do Banco Central, a dívida pública do governo mineiro com o Tesouro Nacional cresceu 40,23% nos últimos 4 anos, o maior aumento entre os estados brasileiros. De R$ 32,661 bilhões em 2002, a dívida saltou para R$ 46,082 bilhões em 2006.

Segundo Fabrício de Oliveira, doutor em economia pela Unicamp, a estratégia do governo não passou de uma manobra contábil, feita com o objetivo de mascarar a real situação das contas de Minas Gerais. “O estado continua incorrendo em elevados déficits nominais e sem conseguir uma solução estrutural para sua dívida, que continua em trajetória de crescimento”, destaca. Entretanto, a propaganda é outra. Segundo dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), o governo estadual gastou R$ 39,6 milhões com a pasta de Comunicação em 2006. “O déficit zero nada mais é do que um jogo de marketing”, avalia Lindolfo Fernandes, presidente do Sindicato dos Fiscais de Minas Gerais.


Enquanto isso, os investimentos em saúde, segurança pública e educação caíram de R$ 11,6 bilhões para R$ 8,7 bilhões, impactando a vida de milhares de pessoas na capital e no interior do estado. “A reforma administrativa, também chamada de choque de gestão, é uma concepção empresarial que estão tentando impor como modelo de gestão de Estado. Gestão empresarial visa ao lucro e à competição no mercado, ou seja, uma noção totalmente distinta da lógica pública”, esclarece o sociólogo Rudá Ricci, membro do Fórum Brasil do Orçamento.

O ‘choque de gestão’ foi patrocinado por grandes empresas como Gerdau, Votorantim, Vale do Rio Doce e Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, que possuem claros interesses de negócios em Minas Gerais, e contribuíram com R$ 3 milhões na campanha de Aécio Neves em 2002. Essas companhias, além da Fundação Brava, pagaram R$ 4 milhões ao Instituto de Desenvolvimento Gerencial (IDG) para desenvolver os métodos gerenciais desse governo.

‘Um bom anúncio vale mais do que mil ações’

Marketing e silenciamento das vozes discordantes: dois ingredientes que contribuem para a reeleição de Aécio Neves para governador de Minas em 2006. A verba publicitária do governo de Minas inclui não só os anúncios comerciais, mas também a produção de material jornalístico a ser veiculado nos órgãos de imprensa.

Em 18 de dezembro de 2005, um grande jornal de São Paulo publicou matéria dizendo que o gasto com publicidade do governo Aécio até outubro daquele ano, havia chegado a 520% a mais do que o previsto no orçamento. Coincidência ou não, nos últimos anos, alguns jornalistas que publicaram matérias que iam contra “a verdade” do governo, foram demitidos, e, outros, até hoje, sofrem com a censura que vem do Palácio da Liberdade.

EDITORIAL:

Liberdade, ainda que tardia!



Já se passaram 8 anos governo Aécio/ANASTASIA. No balanço, o resultado das políticas neoliberais na sua forma mais pura: discurso, marketing tapando desvio de verbas, políticas de exceção, privilégio para os já privilegiados, pompa e tradição oligárquica.

O neoliberalismo mineiro obedece à cartilha internacional. Para conter a exclusão e a injustiça social: repressão policial e corte nas políticas universais. Para manter o domínio e a farsa: silenciamento e censura. Para privilegiar empresários, banqueiros, amigos e possibilitar o repasse de recursos públicos a grupos privados: sucateamento, privatização, arrocho salarial e caixa 2. E para fechar a equação: marketing, muito marketing.

As denúncias permitiriam encher os jornais diariamente, mas não é o que acontece. Os donos da mídia mineira freqüentam as rodas do Palácio, enquanto os jornalistas sofrem com a censura que vem de cima. O alardeado déficit zero esconde um crescimento de 40% da dívida pública em 4 anos, o maior aumento entre os estados brasileiros. Os investimentos em saúde, educação e segurança, caíram de 66% para 45%. Graças a uma base aliada de 60 parlamentares, de um total de 77, o governo tucano ainda tem a primazia da edição de leis delegadas. Não se furtou a fazer uso delas para o que precisasse. Até janeiro deste ano, já foram mais de 100.

Em 2005, os gastos com publicidade extrapolaram em 520% o previsto no orçamento. Publicidade para mascarar, para omitir, para distorcer, para preparar a repressão, para renomear políticas nacionais e fazer muito barulho em cima de muito pouco.

Os estados são obrigados a aplicar 12% de seu orçamento em saúde. O governo Aécio aplicou, em 2006, apenas 5,72%. Em compensação escolhe alguns hospitais estaduais, pinta, reforma, maqueia, e chama toda a imprensa amiga e conivente para fazer a política de compadrio. Igual tratamento, o da política de exceção, recebe a educação, onde encontramos 70 mil professores e professoras designados, sem direitos trabalhistas garantidos.

O marketing da Cemig sobre “a melhor energia do mundo”, dos mais belos e convincentes, esconde o descalabro das famílias atingidas por barragens, a precarização do trabalho, a terceirização, o repasse de fortunas para acionistas estrangeiros e a destruição do meio ambiente. Esconde o sofrimento de milhares de famílias que têm boa parte do orçamento consumido pela conta de energia, afinal, os consumidores residenciais pagam cinco vezes mais que as indústrias. Escondem que pagamos uma das tarifas mais caras do Brasil, 42% a mais que os paulistas, por exemplo. Escondem para beneficiar, entre outras, as mesmas indústrias que compõem a cadeia suja da economia mineira: siderurgia, mineração e celulose. As mesmas que pagaram para eleger o governador.

Esse é o governo Aécio Neves/ANASTASIA. Vê o povo e o meio ambiente como empecilhos. Porém, os movimentos sociais de Minas não se calaram, não se aquietaram, estão firmes e fortes para não permitir o avanço do neoliberalismo no nosso estado e no nosso país. Sabemos que toda essa farsa tem um motivo claro: Aécio queria ser presidente do Brasil, e agora esta tentando eleger seu VICE, ANASTASIA. Não se depender de nós! Estaremos cada vez mais atentos. Continuaremos lutando, reivindicando, e construindo uma outra Minas possível, de verdade, de justiça, e de sonho.

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